Também tem um vídeo falando sobre a planta. Depois postarei algumas receitas com este vegetal.
Uma planta
rica em proteínas que pode ajudar
a minimizar o problema da fome não só no Brasil.
a minimizar o problema da fome não só no Brasil.
Por: Rogério Dosouto
Conhecida popularmente como
“ora-pro-nobis”, a planta Pereskia aculiata pertence à família
dos cactos. É uma cactácea nativa da região que vem desde a Flórida até o
Brasil. Trata-se de uma trepadeira que apresenta folhas suculentas e
comestíveis, cuja forma lembra a ponta de uma lança. Por apresentar ramos
repletos de espinhos e crescimento vigoroso, a planta pode ser usada com
sucesso como uma cerca-viva intransponível.
Do ponto de vista ornamental, a
“ora-pro-nobis” apresenta uma florada generosa que ocorre entre os meses de
janeiro a abril, produzindo um espetáculo surpreendente. O curioso é que poucas
pessoas conhecem ou tiveram a oportunidade de presenciar sua floração que,
embora seja exuberante, é efêmera, pois dura apenas um dia. Uma outra característica
interessante é que suas flores são muito perfumadas e melíferas, tornando o seu
cultivo indicado também aos apicultores.
Após a floração, o “ora-pro-nobis”
produz frutos em forma de pequenas bagas amarelas e redondas, entre os meses de
junho e julho. E aí vem um ponto importante a ser observado: nem todas as
variedades desta planta são comestíveis; apenas a que tem flores brancas, com
miolo alaranjado e folhas pequenas.
Pão e
macarrão verdes
As folhas do ora-pro-nobis,
desidratadas, contém 25,4% de proteína; vitaminas A, B e C; minerais como
cálcio, fósforo e ferro. É uma planta que merece atenção especial por seu alto
valor nutritivo e facilidade de cultivo, inclusive doméstico.
Por apresentarem fácil digestão, as
folhas da planta podem ser usadas de diversas formas. Uma boa alternativa é
triturá-las com água no liquidificador e juntar à massa do pão, acrescentando
ao alimento mais nutrientes e uma atraente cor verde. O mesmo pode ser feito com
a massa de macarrão. As folhas podem também enriquecer saladas, refogados,
sopas, omeletes, tortas ou mesmo dar mais riqueza ao nosso velho
arroz-com-feijão.
O cultivo mecanizado e o processamento
industrial do ora-pro-nobis poderiam representar uma revolução nos recursos
alimentícios da humanidade. No entanto, essa planta é pouco conhecida. Ela
poderia integrar planos de governo na recuperação de áreas degradadas e no
combate à fome, mas os políticos são cegos para o que o povo precisa. Assim,
enquanto o ora-pro-nobis não desperta interesse no plano governamental, o
cultivo doméstico pode representar o primeiro passo para a abertura de uma nova
alternativa para as regiões áridas.
Os estudos para o desenvolvimento
genético dessa planta poderiam trazer grandes benefícios, mas enquanto isso não
acontece, o ora-pro-nobis pode ser cultivado em jardins e quintais, onde suas
propriedades nutricionais e ornamentais têm a oportunidade de ser exploradas.
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Ora-pro-nobis (Pereskia aculeata), do latim "rogai por nós", é
uma cactácea,
um cactotrepadeira com folhas.[1] Tem espinhos e
pode ser usada em cercas-vivas, se desenvolvendo bem tanto à sombra como ao
sol.
Originária
do continente americano, encontram-se variedades nativas dessa hortaliça
perene, rústica e resistente à seca da Flórida, nos Estados Unidos, à região
sudeste do Brasil.
Segundo
tradições populares, o nome teria sido criado por pessoas que colhiam a planta
no quintal de um padre, enquanto ele rezava
em latim: Ora pro nobis.
O
nome científico é uma homenagem ao cientista francês Nicolas-Claude Fabri de Peiresc, e o termo aculeata vem do latim e significa espinho,
agulha.
Acredita-se
que o cultivo em larga escala do ora-pro-nobis poderia representar uma
revolução nos recursos alimentícios da humanidade, devido a seu fácil cultivo,
grande produção e alto valor nutricional.
Gastronomia
É um
vegetal rico em ferro,
ajuda a curar anemias das mais graves. Usa-se como o orégano, em forma de folha seca e moída.
Também usada no preparo da farinha múltipla, complemento nutricional no combate
à fome.
Suas
folhas são ricas em mucilagem,
que contribui para o bom funcionamento do intestino.
As
folhas secas e moídas são usadas em diferentes receitas, especialmente em
sopas, omeletes, tortas e refogados. Muita gente prefere consumir as folhas cruas
em saladas, acompanhando o prato principal. Outros as usam como mistura para
enriquecer farinha, massas e pães em geral. É servido cotidianamente nas
cidades históricas do estado de Minas Gerais, onde a planta é mais popular.
Ainda
há o emprego para a produção de mel e possui 25,4% de proteínas, sendo por isso
conhecido como "carne dos pobres", vitaminas A, B e C bem como, além
do ferro,
minerais como cálcio e fósforo.[1][2]
Cultivo
A
variedade tem flores brancas, quando é mais adequada para
consumo,[1] e
suas folhas podem ser ingeridas refogadas ou mesmo cruas, as flores também são
comestíveis. A variedade comestível tem miolo alaranjado e folhas pequenas e
suculentas.[3]
A
ora-pro-nóbis é propagada por meio de estacas plantadas em solo fértil
enriquecido matéria orgânica e, depois de enraizadas, são transplantadas para o
local definitivo.
Serve
também para alimentação animal, in natura ou na ração, barateando os custos da
produção.
O
ora-pro-nois não pode ser confundido com a grandiflora ou a bleo que têm flores
rosa (muito comuns no Brasil,
e difíceis de serem diferenciadas sem a florada).
No
Brasil
Encontrado
em diversos estados do Brasil, em algumas localidades atingiu o status de
ingrediente culinário, onde é refogado com vários tipos de carnes e é empregado
em ensopados.[3]
Na
cidade de Sabará,
existe o Festival do Ora-pro-nobis, onde é comum utilizar a cactácea para
pratos culinários. Em Sabará também teria surgido a lenda de que o nome
ora-pro-nobis é uma referência a uma lenda que em uma época em que pessoas
colhiam a planta no quintal da casa de um pároco, ele sempre rezava uma
ladainha.[3]
Em Tiradentes,
outra cidade brasileira de Minas Gerais, também há restaurantes que
utilizam a ora-pro-nobis, sendo apreciado o frango com ora-pro-nobis.
Referências
1.
↑ a b c Silveira, Georgeton. (18 de agosto de
2008). Cultivo do ora-pro-nóbis. Jornal Estado de Minas
2.
↑ Folha de S.Paulo. (14 de junho de 2001). Boquiaberto - Proteína verde das Gerais
3.
↑ a b c Botelho, Rachel. (10 de maio de 2007). Típico da cozinha mineira,
ora-pro-nóbis é protéico. Jornal Folha de S.Paulo
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ORA PRO NOBIS
Pereskia grandifolia.
Descrição : Planta
da família das Cactaceae. Também conhecida como rosa-madeira,
groselha-da-américa, groselha-dos-barbado, groselheira-das-antilhas, jumbeba.
Arbusto trepador ramificado de até 3m de altura e totalmente
armado de acúleos, que vegeta em diversos pontos do nosso território,
especialmente nas restingas.
Cada uma de suas suculentas folhas é munida de dois pequenos
espinhos. As flores, de cor brancacenta, dispõem-se em panículas terminais. Os
frutos consistem em pequenas bagas amarelas, angulosas e de sabor insípido.
Prefere solos rico em matéria orgância
Principios Ativo :
Proteínas, vitamina A, magnésio, fósforo, cobre.
Propriedades medicinais: emoliente, expectorante.
Indicações: Anemia (desnutrição), inflamação
cutânea, sífilis, tumor.
Modo de Usar : Planta
utilizada como cerca viva. Na medicina é utilizada para tratar tumores e outros
tipos de inflamações cutâneas, anti-sifilíticas. Na desnutrição utilizar as
folhas frescas ou secas no feijão, no preparo de saladas, refogados, na sopa e
sucos.
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Ora Pro Nobis ajuda no combate ao câncer
Apesar de ainda causar polêmica entre
adeptos da medicina complementar e a medicina tradicional, o uso de plantas
medicinais e fitoterápicos é crescente e já conta com a regulamentação da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e apoio do Sistema Único de
Saúde (SUS). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população
mundial faz uso de plantas medicinais para o tratamento de doenças.
A
medicina atual deve muitos de seus avanços à sabedoria popular e sua confiança
no poder de plantas para amenizar e até curar enfermidades.
A
ora pro nobis (Pereskia aculeata), uma planta até há poucos anos muito
utilizada na culinária mineira e que quase desapareceu, volta à boca do povo
respaldada por pesquisas sobre seu valor nutricional e possíveis propriedades
auxiliares em tratamentos oncológicos. O vegetal, um cacto trepadeira de folhas
suculentas e flores brancas com miolo amarelado, ainda não consta nas listas
oficiais de fitoterápicos, mas tem despertado a atenção de pesquisadores e populares
pela variedade de usos nos campos ornamental, alimentício e medicinal.
A
ora-pro-nóbis não faz parte da lista da Anvisa, que regulamenta a produção e
venda de fitoterápicos. Segundo Foued Salmen Espindola, professor de Bioquímica
da UFU que integra a rede Fitocerrado, voltada para estudos e preservação de
espécies nativas do cerrado, também não há registro formal no grupo sobre
efeitos medicinais da ora pro nobis. Ainda assim, estudos desenvolvidos na
Universidade Federal de Lavras (MG) avaliaram a composição bromatológica da
planta e apontam que as folhas contêm cerca de 20% de proteína, vitaminas A, B
e C, minerais como cálcio, fósforo e ferro. Também constataram que o vegetal,
“além da proteína bruta, poderia contribuir com a ingestão de fibra e prevenir
várias doenças como varizes, câncer de cólon, hemorróidas, tumores intestinais
e diabetes.”
Médico sugere orientação
Os medicamentos fitoterápicos, feitos a
base de plantas e seus componentes, são utilizados como complemento ao
tratamento por pacientes com- câncer. Os mais procurados nesses casos são os
produtos feitos de graviola ou cogumelo do sol, segundo Mariana Frasão, técnica
em enfermagem e balconista de uma farmácia homeopática de Uberlândia. Há dois
anos no atendimento, a técnica afirma que não há procura por medicamentos de
ora pro nobis, embora ela já tenha ouvido falar da utilização da planta por
pacientes com câncer.
O
médico oncologista Glauco Silveira afirmou desconhecer estudos conclusivos de
comprovada eficácia da cactácea no combate de tumores. O especialista, porém,
atesta o valor nutricional do vegetal. “A composição de proteína, ferro,
vitaminas A e C e ácido fólico fazem da ora pro nobis uma importante aliada
contra a desnutrição e as fibras podem ajudar no funcionamento intestinal”,
disse.
O
oncologista afirmou não ser contra a utilização de tratamentos complementares,
mas alertou que um profissional deve ser sempre consultado com antecedência.
“Todas as plantas possuem substâncias que em doses erradas podem fazer mal e
até agir contra outros medicamentos”, afirmou.
Usuária recorreu à planta com sucesso
Para tratamento dos vários tipos de
câncer, uma alimentação que inclui ervas e alimentos naturais é recomendada
pelos médicos. “Vemos uma relação do aumento da ocorrência de câncer com o
maior consumo de alimentos industrializados e o ritmo de vida estressante,
portanto escolhas naturais auxiliam o tratamento”, afirmou o oncologista Glauco
Silveira. Frutas cítricas com vitamina C são recomendadas pela presença de
agentes antioxidantes, que combatem as células cancerígenas.
Adepta
do naturalismo, a dona de casa Maria das Graças Ferreira fez uso de diversas
plantas como complemento ao tratamento do câncer de pulmão, descoberto em 2007.
Segundo ela, a notícia não foi recebida com surpresa em função de ter sido
ex-fumante e do histórico familiar marcado pela doença – ela perdeu quatro
irmãos e o pai por câncer. A dona de casa começou as sessões de quimioterapia
em 2008. Para lidar com o emagrecimento e demais efeitos, fez uso da planta
tiborna, alho, limão, couve roxa, linhaça e muita ora pro nobis. “Tinha
plantação em casa antes de reformar aqui. É uma delícia no azeite de oliva, com
cebola, e me ajudou muito”, disse.
Com
a receita, o somatório de tratamento médico, espiritual e muito otimismo, Maria
das Graças venceu a doença. “Os médicos não sabem porque estou aqui. Pela
medicina clássica, o câncer de pulmão não teria cura”, afirmou.
Distrito resgata a história e o uso
A
planta Pereskia aculeata pertencente à família das cactáceas, é apelidada
popularmente de ora pro nobis, “rogai por nós” em latim. O nome é atribuído ao
fato de que a planta seria colhida no quintal de um padre, sempre quando ele
rezava uma ladainha. Teve papel fundamental na alimentação de escravos e, por
isso, é também conhecida como “carne dos pobres”, pela alta concentração de
proteínas que possui. Era comumente utilizada na culinária há alguns anos nos
estados de Espírito Santo e Minas Gerais. Com o passar do tempo, o costume foi
se perdendo. Porém, em Cruzeiro dos Peixotos, distrito de Uberlândia, a
utilização da planta se mantém presente no restaurante de comidas típicas
mineiras que leva o nome da cactácea. Segundo a proprietária, Dolores Mendes, a
intenção foi resgatar a importância do vegetal para a culinária regional. “É
uma planta muito nutritiva, que pode ser usada em diversas receitas e auxilia a
matar a fome. Não pode desaparecer”, disse Dolores. Da cerca viva que mantém na
propriedade, recebe pedidos freqüentes das folhas e flores.
Usos da ora pro nobis
Medicina
popular – folhas secas são usadas no tratamento contra o colesterol, e as
folhas novas, maceradas com azeite, no tratamento de furúnculos. É aplicada
para tratar tumores e outros tipos de inflamações cutâneas, anti-sifilíticas.
Alimento
– as folhas são comestíveis. Para evitar desnutrição, as folhas frescas ou
secas são usadas no feijão, no preparo de saladas, refogados, na sopa e sucos.
Planta
ornamental – por meio de estacas, forma uma cerca viva.
É apreciada também por
suas flores róseas
Fonte:
Universidade de São Paulo
Plantas auxiliares do tratamento do
câncer
Cúrcuma
Chá Verde
Cogumelo do Sol
Equinácea
Graviola
Ipê Roxo
Macela
Chlorella
Aveia
Tribulus terrestris
Espinheira Santa
Porangaba
Rhodiola rosea
Chá Verde
Cogumelo do Sol
Equinácea
Graviola
Ipê Roxo
Macela
Chlorella
Aveia
Tribulus terrestris
Espinheira Santa
Porangaba
Rhodiola rosea
Fonte: http://www.correiodeuberlandia.com.br/
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Vi recentemente uma postagem sobre a riqueza dessa planta neste link:
ResponderExcluirhttp://opsicoanarco.blogspot.com.br/2014/05/ora-pro-nobis-receitas-que-seu-alimento.html